BT 791 - Tópicos de Ecologia Vegetal
Disciplina eletiva do curso de Graduação em Ciências Biológicas
                                                                 
Ecologia de Campo - Cerrado   Apresentação   Informações   Pré-Inscrição   2015   2013   2012   2011   2010   2009   2008   2007   2006   2005   2004   2003   2002   2001
                                                                 

PROGRAMA

CONTEÚDO: A disciplina BT-791 Tópicos em Ecologia Vegetal será ministrada simultaneamente com as disciplinas de pós-graduação NE-211 Ecologia de Campo II e NE-412 Ecologia de Campo IV, de forma que os alunos de graduação poderão participar das discussões e conviver com os alunos de pós-graduação, porém o programa é diferente.

PARTE TEÓRICA: Introdução à ecologia do cerrado. Conceitos biogeográficos básicos sobre o bioma da savana e a inserção fitogeográfica dos cerrados. Principais problemas ecológicos. Fatores-chave e adaptações da vegetação. Conceitos sobre solos e clima. A flora angiospérmica do cerrado e sua evolução. Relações da flora do cerrado com a de outras formações vegetacionais.

PARTE PRÁTICA: 1) Treinamento em reconhecimento de espécies lenhosas do cerrado, baseado em caracteres vegetativos. Distinção e análise dos vários tipos de caracteres morfológicos (binários, multi-estados qualitativos, multi-estados quantitativos, mistos, contínuos, discretos). Técnicas de elaboração de chaves dicotômicas de identificação. Hierarquia de caracteres, inclusividade e exclusividade. Introdução a conceitos básicos de taxonomia numérica (objetos e descritores, matrizes e vetores). 2) Aplicação desses conhecimentos para identificar as espécies no campo e para inferir sobre as principais adaptações ao ambiente mediante caracteres morfológicos e ecofisiológicos. 3) Descrição dos diferentes ambientes do cerrado, considerando a fisionomia da vegetação, o impacto causado por perturbações, o relevo e o solo. Avaliação qualitativa de diferentes impactos de perturbação sobre a fisionomia, a flora e a estrutura de comunidades lenhosas do cerrado. 4) Desenvolvimento de pequenos projetos sobre a ecologia dos cerrados, a serem propostos pelos professores ou alunos das disciplinas de pós-graduação que são ministradas simultaneamente. Noções sobre estrutura de trabalhos científicos e redação científica. Elaboração de relatórios sob a forma de trabalhos científicos de acordo com as normas de um periódico científico. 5) Discussão, proposição e elaboração de propostas relacionadas à educação ambiental e voltadas aos problemas do município e região. Proposta de projetos multidisciplinares sobre educação ambiental, tendo por base o conhecimento adquirido sobre o cerrado, sua fragmentação e os efeitos dos diferentes impactos causados pelo homem. 6) Participação nas discussões, que serão conduzidas pelos alunos das duas disciplinas de pós-graduação, dos estudos sobre flora, comunidades e populações dos tipos de cerrado visitados no município.

OBJETIVOS: A disciplina tem por objetivos fornecer elementos ao aluno para que: a) conheça as principais espécies lenhosas dos cerrados do Brasil; b) seja capaz de identificá-las no campo, mesmo que seus indivíduos estejam em estádio vegetativo; c) saiba o que são caracteres taxonômicos, sua hierarquia, características e variações; d) possa distinguir morfoespécies lenhosas de cerrado, mesmo sem saber seu nome científico; e) seja capaz de elaborar chaves dicotômicas de identificação de espécies lenhosas com base em caracteres vegetativos em qualquer outra área de vegetação de cerrados; f) conheça a vegetação de cerrado, seus principais condicionantes e variações, as principais teorias sobre sua origem e os principais problemas relacionados a seu uso e preservação.

LITERATURA BÁSICA
ALMEIDA S.P., PROENÇA C.E.B., SANO S.M. & RIBEIRO J.F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: EMBRAPA/Centro de Pesquisa Agropecuária do Cerrado.
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BELL A.D. 1991. Plant form: an illustrated guide to flowering plant morphology. Oxford: Oxford University Press.
BITENCOURT M.D. & MENDONÇA R.R. (org.) 2004. Viabilidade de conservação dos remanescentes de cerrado no estado de São Paulo. São Paulo: Ed. Annablume; FAPESP.
DURIGAN G., BAITELLO J.B., FRANCO G.A.D.C. & SIQUEIRA M.F. 2004. Plantas do cerrado paulista. Imagens de uma paisagem ameaçada. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica.
GOTTSBERGER, G. & SILBERBAUER-GOTTSBERGER, I. 2006. Life in the cerrado. A South American tropical seasonal ecosystem. Vol. I – Origin, structure, dynamics and plant use. Vol. II – Pollination and seed dispersal. Ulm: Reta Verlag.
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KRONKA F.J.N. (org.) 1998. Áreas de domínio do cerrado no estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
MARONI B.C., DI STASI L.C. & MACHADO S.R. 2006. Plantas medicinais do cerrado de Botucatu. São Paulo: Editora UNESP.
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PIVELLO V.R. & VARANDA E.M. (org.) 2005. O cerrado Pé-de-Gigante: ecologia e conservação – Parque Estadual de Vassununga. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente.
RADFORD A.E., DICKISON W.C., MASSEY J.R. & BELL C.R. 1974. Vascular plant systematics. London: Harper & Row Publishers. RIZZINI C.T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil. Aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda.
RODRIGUES V.E.G. & CARVALHO D.A. 2001. Plantas medicinais no domínio dos Cerrados. Lavras: Ed. Universidade Federal de Lavras.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 1997. Cerrado: bases para conservação e uso sustentável das áreas de cerrado do estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
SILVA D.B., SILVA J.A., JUNQUEIRA N.T.V. & ANDRADE L.R.M. 2001. Frutas do cerrado. Brasília: EMBRAPA Informação Tecnológica.
SILVA JUNIOR M.C. (org.) 2005. 100 árvores do cerrado. Guia de campo. Brasília: Ed. Rede de Sementes do Cerrado.
SOUZA, V.C. & LORENZI, H. 2005. Botânica sistemática. Guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda

AVALIAÇÃO: Será feita continuamente, por meio do acompanhamento das atividades in loco. Ao final de cada atividade, os alunos deverão entregar um relatório sob a forma de um manuscrito científico, apresentado de acordo com as normas de um periódico científico a ser indicado pelos professores. Estão previstos três relatórios. A nota final será a média aritmética das notas atribuídas aos relatórios.

MATRÍCULA: Verificar período de matrícula em disciplinas de férias de verão, conforme calendário escolar dos cursos de Graduação.

CARGA HORÁRIA TOTAL: 240 (duzentas e quarenta) horas.